Sunday, April 15, 2007

Descoberta variação de gene associada à obesidade


A associação entre uma mutação genética e a obesidade foi conseguida claramente através de um estudo realizado na Grã - Bretanha e na Filândia. O proximo passo será descobrir como é que essa variação genética influencia o índice de massa corporal e assim abrir novas linhas de investigação para o seu tratamento.
Os resultados deste estudo tiveram por base a análise do DNA de 37mil europeus e foram publicados na revista "Science".
Em concreto, os investigadores descobriram que as pessoas que possuem duas cópias do gene FTO têm 70% mais riscos de sofrer de obesidade de que aquelas que não possuem nenhuma. Por outro lado, os que possuem uma só cópia deste gene tem 30% mais de probabilidade de virem a ter mais peso que os que não o têm.
Os resultados do estudo permitiram ainda demonstrar que os que têm duas cópias da variante genética, pesam em média mais três quilos que os restantes. E que esta mutação foi verificada em 16% das crianças e adultos incluídos na amostra.
"Existe claramente uma componente genética na obesidade", afirmou Andrew Hattersley, da Faculdade de Medicina Península, um dos autores do estudo.



ACASO!!!

A descoberta da variação genética associada à obesidade foi feita quase por acaso. Os investigadores estavam a estudar a base genética da diabetes tipo2. Durante esta investigação verificaram que muito das pessoas que estavam a ser estudadas apresentavam a variante do gene. Mas, este gene não tinha uma actuação decisiva na produção de insulina.
Alargaram a sua amostra, para 37mil pessoas de diferentes regiões europeias e conseguiram pela primeira vez associar a obesidade a uma quetão genética.
Um dos autores do estudo diz que " estes resultados podem ser uma resposta a alguém que se pergunte - porque é que é mais forte do que os outros, quando na realidade come menos e faz a mesma quantidade de exercício físico".
Apesar desta associação genétoica, outros estudos apontam para o facto que a maioria dos obesos hoje, são - no porque consomem demasiadas calorias.

Fonte: Jornal de Notícias

Saturday, April 14, 2007

Sequenciado genoma do macaco rhesus que é 93 por cento idêntico ao humano


Uma equipa internacional de cientistas descodificou a sequência do genoma do macaco rhesus, um avanço que poderá ajudar a compreender algumas doenças do ser humano, incluindo a sida, já que ambos partilham 93 por cento dos genes. A análise da sequência genética revela que esses primatas compartilham com os chimpanzés e o ser humano 97,5 por cento do DNA, mas têm alguns genes muito diferentes, assinalam os cientistas numa série de artigos publicados hoje na revista Science

Este é o terceiro genoma de um animal primata sequenciado, depois do humano e do chimpanzé, tendo os resultados permitido concluir que entre os três as semelhanças genéticas são de 97,5 por cento, uma percentagem que baixa para 93 por cento se se comparar apenas o macaco com o Homem.

"A sequência do genoma do macaco rhesus, juntamente com os do homem e do chimpanzé, dá-nos outro instrumento para impulsionar o nosso conhecimento da biologia humana", disse Francis Collins, do Instituto Nacional de Investigações do Genoma Humano, um dos organismos que participa na investigação.

A sequência do genoma humano em 2001 proporcionou muitas pistas sobre a evolução do homem, mas na altura os cientistas consideraram que conseguir a de outro primata seria útil para fazer comparações. Em 2005, a sequência do chimpanzé permitiu determinar quais os genes compartilhados por ambas as espécies desde que se separaram em termos evolutivos, há seis milhões de anos.

A análise de ambos os genomas estabeleceu que são 99 por cento semelhantes, o que constituiu um grande avanço científico na medida em que, conforme salientou na altura o especialista em genética Carolino Monteiro, "sendo o modelo animal mais próximo do Homem, tem mais zonas de semelhança que - se demonstrarem doenças comparáveis ao humano - podem ser trabalhadas em laboratório para se compreender as doenças e como curá-las".

Quanto ao macaco rhesus, é um parente mais antigo do homem, tendo a separação evolutiva dos dois ocorrido há cerca de 25 milhões de anos.




Um macaco que salvou muitas vidas


Segundo os cientistas, o macaco rhesus não só salvou muitas vidas ao ajudar a determinar o factor Rh no sangue e o desenvolvimento da vacina contra a poliomielite, como também foi a chave na investigação de transtornos neurológicos e de comportamento.
Contudo, este pequeno primata é ainda mais importante na luta contra o vírus da imunodeficiência humana (VIH), que causa a sida, afirmam os cientistas. O macaco tem uma reacção especial até agora não clarificada perante o vírus da imunodeficiência símia (VIS), o que faz dele um modelo único no estudo da sida, acrescentam. "Uma descrição completa de todos os componentes das suas funções imunológicas permitirá um uso mais ponderado dos macacos rhesus em áreas como a investigação da sida e das vacinas", dizem os autores dos estudos. Este genoma do macaco rhesus também ajudará a aumentar a investigação neurológica, a biologia do comportamento, a fisiologia reprodutiva e os estudos de endocrinologia e cardiovasculares, acrescentam.


Fonte: www.cienciahoje.pt

Friday, April 13, 2007

Sequenciação revolucionou biologia


A sequenciação do genoma humano prometeu revolucionar a biologia quando foi anunciada a dois anos, meio século depois da descoberta da estrutura do ADN, mas há ainda muito por decifrar no "livro da vida".

"A maior parte do trabalho interessante em genética ainda tá por fazer", disse Lusa a presidente da sociedade portuguesa de genética humana, raquel Seruca. E isso porque "permanece desconhecida a função de 98% do genoma humano", anunciada a 13 de Abril de 2003 por um grupo internacional de cientistas.

Foi, no entanto, "um ponto de viragem na história da biologia e da medicina, cuja as implicações provavelmente ainda não descortinamos na totalidade", comemtou também Patrícia Maciel, da escola de ciência da saúde da universidade do minho. Corresponde, na sua perspectiva "ao achado de um manuscrito que esconde a chave de muita das nossas características, positivas e negativas, inclusive a da curiosidade de que nos leva a querer conhecê - lo e a da capacidade que alguma vez teremos de o compreender".

a nível imediato, a informação passou a estar disponível teve já impacto na possibilidade de imdentificar os genes causadores de doenças hereditárias ou que tornanm algumas pessoas susceptíveis a doenças comuns.


Fonte Jornal de notícias


Crítica

Através deste documento pudemos verificar mais uma vez, a complexidade do genoma humana. O "decifrar" deste seria um grande avanço a nível biologico e medicinal pois iria resolver muito das doenças que desconhecemos que ocorrem a nível do genoma, nomeadamente, o daltonismo, a hemofilia, a hipertricose auricular, entre outros.


Wednesday, April 11, 2007

DNA das crianças de Chernobyl apresenta mutações...


Cientistas israelitas e ucranianos descobriram que o DNA de crianças nascidas em Chernobyl apresenta "um inesperado nível" de mutações.As crianças nasceram depois da explosão da central nuclear, em 1986, e são filhas de pessoas que trabalharam no serviço de limpeza do reactor nuclear.Segundo os cientistas, a descoberta é uma evidência de pequenas doses de radiação podem causar várias doenças no DNA humano e acabar porb ser transmitidas a futuras gerações.A pesquisa foi publicada no jornal científico britânico Proceedings of the Royal society : Biological Sciences.O estudo foi feito com filho das pessoas que trabalharam no serviço de limpeza porque essas equipas receberam as mais altas doses de radiação em Chernobyl.As crianças vivem hoje em Israel e na Ucrânia e foram concebidas depois de os pais passarem por testes para detectar mudanças no seu próprio DNA.Os cientistas fizeram uma análise comparativa do DNA dessas crianças com o dos pais e dos seus irmãos nascidos antes da explosão. A comparação também foi feita com filhos de outras famílias, que não foram expostas à radiação. Segundo os investigadores , houve "um inesperado aumento no número de novos fragmentos de DNA" nessas crianças, em comparação com o DNA dos irmãos." Os resultados indicam que pequenas doses de radiação podem levar a várias mudanças de DNA humano, na linha germinativa", dizem os cientistas. Esta linha é a colecção de genes que os pais passam para os seus filhos.Os autores consideram a possibilidade de as mutações no DNA terem ocorrido no organismo das próprias crianças. Mas elesrejeitaram essa hipótese porque o mesmo tipo de mutações não aconteceu coma mesma frequência no caso dos seus irmãos e das crianças de outras famílias que viviam na mesma região.



Fonte : http://www.bbc.co.uk/2001/01509_chernobyl.shkml



Crítica:


Pudemos verificar que o Chernobyl foi muito prejudicial para a população, pois libertaram - se radiações que provocaram uma série de mutações perigosas no seio da população. Concluimos que estas foram induzidas e que têm caracter génico visto que, alteram a sequência de nucleótidos do DNA.

Tuesday, April 10, 2007

Síndromes mais comuns

Gene clonado poderá aumentar valor nutritivo do trigo


"Cientistas norte-americanos e israelitas clonaram um gene do trigo selvagem que aumenta o teor em proteína, zinco e ferro do cereal, (…). Segundo os autores, a investigação poderá contribuir para suprir as carências alimentares que afectam milhões de crianças em todo o mundo."O trigo é um dos cereais mais produzidos em todo o mundo, representando um quinto de todas as calorias consumidas pela humanidade, o que faz com que mesmo pequenos aumentos do seu valor nutritivo possam ajudar a diminuir carências em proteína e micronutrientes chave", afirma Jorge Dubcovsky, produtor de trigo e responsável por este grupo de investigação.(…) Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) referem que mais de dois milhões de pessoas têm carências em zinco e ferro, e mais de 160 milhões de crianças de menos de cinco anos têm falta de proteína na alimentação. O gene clonado, chamado CPC-B1, acelera a maturação do trigo e aumenta em 10 a 15 por cento o teor em proteína e micronutrinetes nas variedades estudadas até agora, segundo o estudo. Para provar que todos estes efeitos resultaram do gene, os investigadores criaram linhas de trigo geneticamente mofificado com níveis reduzidos de CPC. "Os resultados foram espectaculares", disse Dubcovsky. "Os grãos das plantas geneticamente modificadas amadureceram várias semanas mais tarde do que os das plantas de controlo e tinham 30 por cento menos proteína, zinco e ferro, sem diferenças no tamanho". Dubcovsky referiu que a equipa de investigação se surpreendeu ao descobrir que todas as variedades estudadas de trigo usadas na produção de massa ou do pão continham uma cópia não funcional do GPC-B1, sugerindo que o gene se perdeu na domesticação do trigo. Por esse motivo, "a reintrodução do gene funcional das espécies de trigo selvagens nas variedades comerciais tem potencial para aumentar o valor nutritivo de uma grande proporção das nossas variedades actuais de trigo cultivado", sublinhou


Fonte: Por revista Science em www.cienciahoje.pt


Crítica:


É graças à Engenheria Genética que conseguimos alcançar novos produtos com maior valor nutritivo. As técnicas que se podem utilizar são: a técnica de PCR - Polimerização por reacção em cadeia, que irá permitir a obtenção de grandes quantidades de DNA em pouco tempo, a partir de uma pequena quantidade; e a técnica de DNA recombinante, que permite obter organismos com o gene de interesse.

Cientistas chineses descobrem origem genética no cancro do fígado


"O desenvolvimento do cancro do fígado está relacionado com o gene DLK1, conclui um estudo de um grupo de cientistas chineses do Centro Nacional de Investigação do Genoma Humano da China, (…). Os investigadores manifestaram a esperança de que a descoberta torne mais rigorosos os diagnósticos da doença.Os médicos Huang Jian e Zhang Xin, que lideraram a pesquisa, disseram ter descoberto "coincidências significativas" no aparecimento do gene DLK1 em tecidos atacados pelo cancro do fígado, concluindo assim que o gene terá um papel na formação da doença. Os cientistas analisaram 82 amostras celulares de fígados com cancro e de fígados saudáveis, e segundo Huang Jian, encontraram o DLK1 em 73,2 por cento das amostras dos órgãos doentes.Os fígados saudáveis não apresentavam o gene, disse o médico, que afirmou ter esperanças de que a descoberta torne mais rigorosos os diagnósticos da doença. Os investigadores do centro, (…), defendem também a possibilidade de, através da redução da actividade genética do DLK1, ser possível de ter a reprodução das células cancerígenas no fígado."


Fonte:Por: Centro Nacional de Investigação do Genoma Humana da China em www.cienciahoje.pt

Primeiro êxito da terapia genética numa doença grave de pele


Para Laurence Tiennot-Herment já se passou da genética aos ensaios“Um paciente que sofria de uma grave doença genética da pele, traduzida por uma ausência de aderência entre a epiderme e a derme, epidermólise bolhosa juncional, foi tratado, pela primeira vez, em Itália, por terapia genética. (…)As diferentes formas de epidermolise bolhosa, que afectam 500.000 pessoas em todo o mundo, são um grupo de patologias raras e hereditárias durante as quais bolhas se formam à superfície da pele e das mucosas, espontaneamente ou depois de arranhadelas mínimas. (…) Uma equipa de investigadores norte-americanos, (…), conseguiu reconstituir, neste paciente, uma epiderme que adere à derme, ao nível de duas feridas crónicas situadas nas coxas. Nesta fase, os investigadores não tentaram fazer uma experiência numa maior superfície da pele.Na forma da doença de que sofria o paciente, a não aderência entre estas duas camadas da pele é devida a uma deficiência da laminina 5, uma proteína que, organizada numa rede de malhas finas, permite a adesão dos queratinócitos - constituintes da camadas superficial da pele - à membrana basal da célula que as produz. (…)Um transplante de células estaminais embrionárias da pele tratadas por terapia genética permitiu reconstituir uma epiderme funcional que se renovou durante um ano. (…)(…) Esta técnica poderá permitir também tratar outras patologias da pele.(…)A presidente da AFM, Laurence Tiennot-Herment, sublinhou que se "passou da era da genética para a dos primeiros ensaios no homem", precisando que se conhecem agora mais de 2.200 genes que estão na origem de doenças "800 das quais foram identificadas ou localizadas pelo Génethon".”


Fonte: Por: Associação Francesa Contras as Miopatias em www.cienciahoje.pt

Thursday, March 29, 2007

Gene de Alzheimer pode curar na cura



Um grupo de cientistas descobriu novo gene relacionado com o tipo de Alzeimer contraído pelas pessoas de idade avançada, o que "abre novos caminhos para explorar a causa, bem como os possíveis objectivos para o tratamento da doença", segundo declarações de Richard Mayeux, coordenador do estudo.
Através da análise de amostras de DNA de cerca de seis mil voluntários, os investigadores encontraram um gene comum, o SORL1, e descobriram que este é mais frequente nas pessoas com mais de 65 anos com a doença do que nas sãs da mesma idade. Quando funciona normalmente, o gene recicla a proteína percursora da amilóide no cérebro, mas caso tenha defeitos, a proteína não recicla e consequentemente gera péptidosdos beta-amilóides. estes são blocos proteicos a partir dos quais se formam os depósitos de amilóides acumulados no cérebro e associados à doença de Alzheimer. Esta investigação durou 5anos e envolveu pessoas de quatro grupos étnicos : europeus do norte, hispano-caribenhos, afroamericanos e árabes israelitas.
Depois de descobertos cinco genes relacionados com Alzheimer, Richard Mayeux admite que "haverá outras variantes genéticas importantes que devem ser identificadas" por poderem facilitar no fabrico de fármacos para combater a doença. Em 1993 já tinha sido identificado um gene associado ao Alzheimer tardio, o ApoE4, mas provou - se que 60% dos doentes não o possuíam.


Fonte: jornal de Notícias


Wednesday, March 28, 2007

Pesquisa liga mutações no DNA ao autismo



Um estudo que identificou pequenas falhas no DNA de pessoas autistas* sugerem que a base genética da doença está espalhada por pelo menos cem genes diferentes, afirma um estudo publicado na última sexta-feira.O trabalho é um entre muitos relatos sobre autismo nos últimos meses que mostram que esse problema psiquiátrico é muito mais disseminado e mais complexo do se imaginava."Essas descobertas certamente complicam a busca por genes que contribuem para o autismo. Essas mudanças são raras, dispersas ao longo do genoma, e elas contam - nos que o autismo pode ser o caminho final trilhado por muitas anormalidades genéticas diferentes", diz o médico Thomas Insel, do Instituto Nacional para Saúde Mental, que participou do novo estudo.O trabalho, publicado na revista "Science", porém, encontrou certa correlação estatística. Os pesquisadores acharam várias mutações espontâneas em 14 de 195 pessoas com autismo, enquanto só duas pessoas de 196 sem o problema apresentavam as mudanças. Dos 14 pacientes autistas, porém, só dois tinham parentes portadores do problema.


Fonte: revista "Science"


*O autismo é uma desordem global do desenvolvimento neurológico.

Descoberto gene relacionado com 30% dos casos de cancro nos rins das crianças

Um cientista peruano descobriu um gene no cromossoma X, cujas mutações são responsáveis por 30% dos casos de cancro nos rins causados pelo tumor de Wilms, que ocorre sobretudo em crianças com menos de cinco anos. " Em 30% dos casosde crianças afectadas por este tumor; a causa deve - se aparentemente a mutações neste novo gene denominado WTX", de acordo com a explicação do cientista peruano Miguel Rivera, principal autor desta investigação, publicada na revista "Science". segundo o cientista, a descoberta deste gene no cromossoma X foi"inesperada", porque " não há muitos genes neste cromossoma associado ao cancro". Foi igualmente uma surpresa comprovar que este tumor se dá na mesma proporção em ambos os sexos, visto que problemas genéticos no cromossoma X estão relacionados com outras doenças, normalmente afectam mais os rapazes do que as raparigas. Há cerca de dez anos, os cientistas identificaram o gene WT1, cujas mutações estariam associadas ao referido tumor, embora em número muito inferior de casos, entre os 5 a 10%. As próximas investigações serão orientadas no sentido de estudar a ligação entre esse gene WT1 e o WTX, agora descoberto, para tentar identificar os aspectos comuns entre todos os tumores de Wilms. Actualmente, em termos de tratamento, refira - se que 15% das crianças com tumor de Wilms não respondem aos tratamentos de quimioterapia, disse o especialista, explicando que a idéia é desenvolver técnicas bem sucedidas para os casos mais resistentes. Nos Estados Unidos, a percentagem de crianças com menos de cinco anos afectados pelo tumor é de uma em cada dez mil, mas este valor pode ser extrapolado para o resto dos países. Esta investigação consistiu no estudo de tumores de pacientes cujos genomas foram comparados com os de tecidos de pessoas saudáveis, até que se descobriu o novo gene.
Fonte : minha autoria

Célula estaminal trata coração



Duas terapias experimentais que recorrem a células estaminais adultas revelaram - se promissoras para tratar o coração danificado por um enfarte do miocárdio, segundo dois estudos divulgados ontem.

Estes resultados - de dois ensaios clínicos, ditos de fase um, destinados a avaliar o potencial de um novo tratamento antes de conduzir a estudos mais alargados - foram apresentados recentemente no 56ª Congresso Anual do American College of Cardiology (ACG).

Um destes ensaios utilizou, pela primeira vez em cardiologia, células estaminais da medula óssea, segundo o seu principal autor, Joshua Hare, da Faculdade de Medicina da Universidade de Miami, na Florida. Estas células, explicou, apresentam várias vantagens, porque podem ser recolhidas de dadores genéticamente diferentes, preparam - se com facilidade e têm tendência para se agrupar nos locais do corpo que sofreram lesão.

O investigador conduziu este ensaio clínico em 53 pacientes nos dez dias que se seguiram aos ataques cardíacos. Tratados por via intravenosa com doses diferentes de células estaminais da medula óssea, mostraram "uma melhoria muito clara do funcionamentodo seu sistema cardiovascular" seis meses após o ínicio do tratamento, em comparação com um grupo que recebeu um placebo, sublinhou Hare.

o segundo ensaio - realizado por Nabil Dib, director da clínica de terapia celular cardíaca da Universidade da Califórnia - utilizou células estaminais musculares recolhidas dos outros músculos do paciente, que foram implantadas no interior das paredes do coração, com a ajuda de um cateter. Os 11 doentes a quem implantou até 600 milhões destas células mostraram "uma melhoria nítida das suas funções cardíacas e da sua qualidade de vida" seis meses depois após este procedimento simples, que não existe sequer anestesia.

Fontes: Jornal de Noticias

Critica:

As células estaminais são células extraordinárias cujo destino ainda não foi "decidido". Podem transformar-se em vários tipos de células diferentes, através de um processo denominado "diferenciação".

Monday, March 19, 2007

Inseminação Artificial Pode Originar Mudanças Genéticas


Estudo espanhol introduz bactérias no ADN de ratinhosCrianças concebidas por um método de inseminação artificial poderiam transportar bactérias nos seus cromossomas, segundo um estudo da INIA, Instituto Nacional de Investigación Agropecuaria espanhola.
No estudo (…), o sémen de ratinhos foi misturado com bactérias E. Choli para verificar se aconteceria algum tipo de mudança genética. Em seguida, o esperma foi introduzido em óvulos de ratinhos e foi verificado que alguns dos embriões resultantes dessa fertilização continham, de facto, um gene da E.coli.


Na investigação, os cientistas queriam descobrir se o ICSI (injecção intracitoplasmática de espermatozóide) poderia ser útil para a produção de animais geneticamente modificados. A partir da pesquisa inicial, os especialistas tiveram a curiosidade de saber se os cromossomas de crianças concebidas por meio de ICSI poderiam ter sido acidentalmente contaminados, caso a amostra de esperma utilizada tivesse sido contaminada por uma bactéria. Para chegar às conclusões publicadas, o estudo utilizou concentrações altas de bactérias que normalmente poderiam ser detectadas ao microscópio por técnicos de inseminação artificial.


Para os especialistas, no entanto, os resultados da experiência são apenas teóricos, uma vez que, na prática, não existem registos de quaisquer problemas provocados pelos processos descritos.


MNI-Médicos Na Internet


Por MNI-Médicos Na Internet in http://www.mni.pt/destaques/?cod=7732&cor=azul a 3 de Janeiro de 2006

Viagra Salva Bebé


"O medicamento contra a impotência, Viagra, foi usado por médicos britânicos como último recurso para salvar a vida de um bebé prematuro. Lewis nasceu com 24 semanas e um dos pulmões entrou em falência, o que lhe provocou falta de oxigénio no sangue. Os médicos do Royal Victoria Infirmary, em Newcastle, depois de tentarem por todos os meios salvar o bebé, decidiram ministrar-lhe Viagra, um poderoso vasodilatador, conseguindo desta forma garantir o oxigénio necessário à sobrevivência do bebé."

Reflecção:


É impressionante, a capacidade que um dos métodos que "luta" contra a impotência teve ao salvar a vida de um bebé.


In Focus, semanal de 28/2 a 6/3/2007

Reflecção da minha autoria

Thursday, February 22, 2007

Clomifeno mais eficaz do que se julgava no tratamento da infertilidade


O clomifeno, tratamento utilizado para tratar a infertilidade nas mulheres com ovários poliquísticos, é mais eficaz que a metformina, medicamento contra a diabetes que era considerado prometedor para conseguir engravidar, segundo um estudo publicado ontem nos Estados Unidos. Esta pesquisa foi a mais alargada, até hoje, para comparar os dois tratamentos em mulheres inférteis, sublinham os investigadores do Instituto Nacional de Saúde Americano (NIH), autores deste trabalho publicado no New England Journal of Medicine de ontem.


A síndrome de ovários poliquísticos afecta 7 a 8 por centro das mulheres nos Estados Unidos e pode ser a principal causa de infertilidade feminina, precisa o estudo.O organismo das mulheres atingidas por esta síndroma segrega demasiadas hormonas masculinas que interferem com a ovulação. Os ovários dilatam-se e preenchem-se de quistos. Além da infertilidade, podem também provocar uma irregularidade nos ciclos menstruais, acne, obesidade e pilosidade excessiva tanto na cara, como noutras partes do corpo.O estudo incidiu num grupo de 626 mulheres com síndrome de ovários poliquísticos e que sofrem de infertilidade. No grupo das 208 mulheres tratadas apenas com metformina, apenas 15 (7, 2 por cento) deram à luz uma criança, comparativamente com 47 das 209 mulheres ( 22,5 por cento) que receberam clomifeno. Um terceiro grupo tratado com uma combinação de metformina e clomifeno obteve resultados julgados estatisticamente comparáveis (26,8 por cento).Os investigadores revelaram ainda que as mulheres obesas que foram alvo de tratamento com metformina tinham menos hipóteses de conceber.

Nova técnica de procriação assistida desenvolvida por empresa suíça



Uma empresa de biotecnologia de Genebra, a Anecova, anunciou ontem estar a testar um método de procriação medicamente assistida que permite substituir a proveta usada na fecundação "in vitro" por uma cápsula permeável, depositada no útero da mãe.
Os primeiros ensaios clínicos, actualmente efectuados na Academisch Ziekenhuis da Vrije Universiteit de Bruxelas, "mostram resultados mais que encorajadores, quer se trate da fiabilidade técnica, da tolerância física e psicológica das pacientes, mas sobretudo da qualidade dos embriões", segundo um comunicado da Anecova.



Fonte: www.cienciahoje.pt

Metade das portuguesas desconhece prevenção do cancro cólo do útero


"Quase metade das portuguesas (49%) desconhece as medidas de prevenção do cancro do colo do útero, como o rastreio, sendo as mais jovens as menos informadas, revela um estudo apresentado hoje.(…) O cancro do colo do útero é provocado pelo Papilomavírus Humano (HPV) e é de evolução silenciosa, já que normalmente não apresenta sintomas até à última fase. Em Portugal, morrem anualmente 200 mulheres com esta patologia que, quando detectada no início, através do exame de Papanicolau, pode ter uma taxa de cura de 100%. A primeira vacina contra o agente da doença foi aprovada na Europa em Setembro e imuniza contra os tipos 6,11,16 e 18 do vírus, os mais susceptíveis de fazerem evoluir para cancro a infecção cervical que provocam.Esta vacina quadrivalente está indicada para a imunização de crianças e as adolescentes entre os 9 e os 15 anos e jovens mulheres com idades compreendidas entre os 16 e os 26 anos. (…)"Trata-se de uma patologia frequente, pelo que temos de recomendar a vacina vivamente", disse o presidente da SPG, realçando que "não tem efeitos colaterais significativos e é segura".(…)A vacina deverá ser comercializada em Portugal no primeiro trimestre do próximo ano e o seu preço deverá rondar os 100/120 euros por doses, sendo necessárias três para a imunização completa. (…)Além desta vacina, tem estado a ser desenvolvida uma outra, contra os tipos 16 e 18 do HPV, (…). Portugal verifica a maior incidência de cancro do colo do útero entre os restantes países da União Europeia: 17 casos por cada 100 mil habitantes, com 958 novos casos por ano. O cancro do colo do útero continua a ser a segunda causa mais comum de cancro, depois do cancro da mama, entre as mulheres jovens (15-44 anos) na Europa."




Pílula para eles


Os especialistas acreditam que já falta pouco para a contracepção masculina deixar de ser um mito. O método, há muito perseguido pela comunidade científica, combina dois tipos de hormonas: a progestina e o androgénio. O objectivo é administrá–las em conjunto sob a forma de comprimido ou implante com validade de um ano.
Fonte: revista Nova Gente

Crítica:

Nós sabemos, através de estudos que, é muito difícil controlar a fertilidade masculina, uma vez que a produção de espermatozóides é um processo contínuo, o que torna impossível bloquear uma dada etapa. Ao invés, a produção de gâmetas na mulher é cíclico e fácil de controlar. A interrupção da espermatogénese teria que ser total para ter sucesso, pois para fecundar o óocito II é necessário apenas um espermatozóides, dos milhões que são produzidos. Como tal, a interrupção da espermatogénese requer uma intervenção química muito forte e contínua, que provavelmente provocaria efeitos secundários muito nefastos à saúde do homem.

Fonte: Minha autoria