Thursday, February 22, 2007

Clomifeno mais eficaz do que se julgava no tratamento da infertilidade


O clomifeno, tratamento utilizado para tratar a infertilidade nas mulheres com ovários poliquísticos, é mais eficaz que a metformina, medicamento contra a diabetes que era considerado prometedor para conseguir engravidar, segundo um estudo publicado ontem nos Estados Unidos. Esta pesquisa foi a mais alargada, até hoje, para comparar os dois tratamentos em mulheres inférteis, sublinham os investigadores do Instituto Nacional de Saúde Americano (NIH), autores deste trabalho publicado no New England Journal of Medicine de ontem.


A síndrome de ovários poliquísticos afecta 7 a 8 por centro das mulheres nos Estados Unidos e pode ser a principal causa de infertilidade feminina, precisa o estudo.O organismo das mulheres atingidas por esta síndroma segrega demasiadas hormonas masculinas que interferem com a ovulação. Os ovários dilatam-se e preenchem-se de quistos. Além da infertilidade, podem também provocar uma irregularidade nos ciclos menstruais, acne, obesidade e pilosidade excessiva tanto na cara, como noutras partes do corpo.O estudo incidiu num grupo de 626 mulheres com síndrome de ovários poliquísticos e que sofrem de infertilidade. No grupo das 208 mulheres tratadas apenas com metformina, apenas 15 (7, 2 por cento) deram à luz uma criança, comparativamente com 47 das 209 mulheres ( 22,5 por cento) que receberam clomifeno. Um terceiro grupo tratado com uma combinação de metformina e clomifeno obteve resultados julgados estatisticamente comparáveis (26,8 por cento).Os investigadores revelaram ainda que as mulheres obesas que foram alvo de tratamento com metformina tinham menos hipóteses de conceber.

Nova técnica de procriação assistida desenvolvida por empresa suíça



Uma empresa de biotecnologia de Genebra, a Anecova, anunciou ontem estar a testar um método de procriação medicamente assistida que permite substituir a proveta usada na fecundação "in vitro" por uma cápsula permeável, depositada no útero da mãe.
Os primeiros ensaios clínicos, actualmente efectuados na Academisch Ziekenhuis da Vrije Universiteit de Bruxelas, "mostram resultados mais que encorajadores, quer se trate da fiabilidade técnica, da tolerância física e psicológica das pacientes, mas sobretudo da qualidade dos embriões", segundo um comunicado da Anecova.



Fonte: www.cienciahoje.pt

Metade das portuguesas desconhece prevenção do cancro cólo do útero


"Quase metade das portuguesas (49%) desconhece as medidas de prevenção do cancro do colo do útero, como o rastreio, sendo as mais jovens as menos informadas, revela um estudo apresentado hoje.(…) O cancro do colo do útero é provocado pelo Papilomavírus Humano (HPV) e é de evolução silenciosa, já que normalmente não apresenta sintomas até à última fase. Em Portugal, morrem anualmente 200 mulheres com esta patologia que, quando detectada no início, através do exame de Papanicolau, pode ter uma taxa de cura de 100%. A primeira vacina contra o agente da doença foi aprovada na Europa em Setembro e imuniza contra os tipos 6,11,16 e 18 do vírus, os mais susceptíveis de fazerem evoluir para cancro a infecção cervical que provocam.Esta vacina quadrivalente está indicada para a imunização de crianças e as adolescentes entre os 9 e os 15 anos e jovens mulheres com idades compreendidas entre os 16 e os 26 anos. (…)"Trata-se de uma patologia frequente, pelo que temos de recomendar a vacina vivamente", disse o presidente da SPG, realçando que "não tem efeitos colaterais significativos e é segura".(…)A vacina deverá ser comercializada em Portugal no primeiro trimestre do próximo ano e o seu preço deverá rondar os 100/120 euros por doses, sendo necessárias três para a imunização completa. (…)Além desta vacina, tem estado a ser desenvolvida uma outra, contra os tipos 16 e 18 do HPV, (…). Portugal verifica a maior incidência de cancro do colo do útero entre os restantes países da União Europeia: 17 casos por cada 100 mil habitantes, com 958 novos casos por ano. O cancro do colo do útero continua a ser a segunda causa mais comum de cancro, depois do cancro da mama, entre as mulheres jovens (15-44 anos) na Europa."




Pílula para eles


Os especialistas acreditam que já falta pouco para a contracepção masculina deixar de ser um mito. O método, há muito perseguido pela comunidade científica, combina dois tipos de hormonas: a progestina e o androgénio. O objectivo é administrá–las em conjunto sob a forma de comprimido ou implante com validade de um ano.
Fonte: revista Nova Gente

Crítica:

Nós sabemos, através de estudos que, é muito difícil controlar a fertilidade masculina, uma vez que a produção de espermatozóides é um processo contínuo, o que torna impossível bloquear uma dada etapa. Ao invés, a produção de gâmetas na mulher é cíclico e fácil de controlar. A interrupção da espermatogénese teria que ser total para ter sucesso, pois para fecundar o óocito II é necessário apenas um espermatozóides, dos milhões que são produzidos. Como tal, a interrupção da espermatogénese requer uma intervenção química muito forte e contínua, que provavelmente provocaria efeitos secundários muito nefastos à saúde do homem.

Fonte: Minha autoria